Aberta ao público até o dia 17 de agosto, a exposição "A propriedade e o registro na era digital: 160 anos do Registro de Imóveis da 1ª zona de Porto Alegre" está instalada no Foyer do Multipalco Eva Sopher, na capital gaúcha, e com entrada franca, integra as comemorações do Dia Estadual do Patrimônio Cultural. 

A mostra conduz o visitante pela história dos registros de imóveis, desde os livros e manuscritos até os processos digitais, destacando como o acervo da 1ª zona preserva marcos fundamentais do território urbano e da memória coletiva do Rio Grande do Sul. Documentos de registros de residências de figuras históricas como Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros dividem espaço com registros de ícones como o Theatro São Pedro, o Paço Municipal e o prédio do Tribunal de Justiça. 

A curadoria é assinada por João Pedro Lamana Paiva, titular da 1ª zona de Porto Alegre, e Angela Cristina Costa, arquiteta da Fundação Teatro São Pedro, responsável também pelo projeto expográfico. A coordenação e execução são de Daniela Beling, diretora de planejamento da Fundação Teatro São Pedro, e Samantha Zenker Gonçalves, assessora da 1ª zona. 

Ao celebrar 160 anos do primeiro registro imobiliário do estado, a exposição ressalta que os serviços prestados pelo Registro de Imóveis organizam o território, protegem a história e garantem segurança jurídica à propriedade, contribuindo para relações sociais mais estáveis e menos judicializadas. 

Segundo Antonio Hohlfeldt, presidente da Fundação Teatro São Pedro, "o 1º Cartório é, de fato, hoje em dia, uma instituição que guarda, materialmente falando, boa parte da história da cidade, através dos documentos de registro, o que funciona como uma espécie de carteira de identidade imobiliária, legitimando e legalizando a existência de uma propriedade imobiliária."