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10/10/2025

Incorpora: taxa Selic é um desafio para o setor imobiliário

Taxa básica de juros deve ficar em 15% por período prolongado

A recente manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 15% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) tem gerado impactos significativos no acesso ao crédito imobiliário no Brasil. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, cada 1% de aumento na Selic representa cerca de 166 mil famílias a menos com acesso ao financiamento habitacional, um dado que evidencia o peso dos juros altos sobre o mercado e o sonho da casa própria.

Durante o Incorpora 2025, realizado em 9 de outubro, evento que reuniu lideranças do setor imobiliário em São Paulo, França destacou a urgência de uma política econômica que favoreça juros mais baixos e estabilidade fiscal. "Precisamos que o Banco Central inicie um movimento de corte na Selic e que tenhamos condições estruturais para manter os juros em baixo patamar no longo prazo", afirmou.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) também se manifestaram contra o índice elevado, ressaltando que juros tão altos inviabilizam o crescimento econômico, a inovação e o consumo das famílias.

Segurança jurídica: o pilar para o mercado imobiliário

Os registradores de imóveis seguem cumprindo um papel essencial para o funcionamento seguro do mercado imobiliário brasileiro. A atuação dos cartórios de registro de imóveis garante transparência, autenticidade e segurança jurídica nas transações, independentemente do ritmo do crédito ou das flutuações econômicas.

Enquanto o custo do financiamento pode limitar o acesso da população à compra de imóveis, é o sistema registral que assegura a confiança necessária para que negócios imobiliários continuem acontecendo de forma segura, tanto para incorporadoras quanto para compradores.

Com base em princípios de publicidade, continuidade e legalidade, o registro imobiliário é a instituição que confere validade, autenticidade e eficácia aos direitos de propriedade, sendo fundamental para a estabilidade do setor e para a proteção do patrimônio dos cidadãos.

Fonte: Agência Brasil
Foto: Arisp/RIB-SP

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