O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), medido mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou leve queda em dezembro (0,01%) e fechou o ano com uma baixa acumulada de 1,05%. De forma prática, esse resultado sinaliza que, na média, os preços acompanhados e analisados pelo índice ficaram menores em comparação com 2024.
Em nota, o economista Matheus Dias, responsável por calcular o índice, indica que a queda reflete um ano de desaceleração da capacidade global e de muitas incertezas. "Esses fatores limitaram repasses de custos, impactando, principalmente, os preços ao produtor. Além disso, a melhora das safras agrícolas contribuiu para aliviar preços de matérias-primas, reforçando o movimento de deflação no índice", explicou.
O IGP-M é um dos principais meios para calcular a variação no preço dos aluguéis. Porém, de acordo com uma
matéria publicada pelo G1, isso não significa necessariamente que o valor cairá em 2026. Quando o índice é negativo, o reajuste pode ser menor ou os valores podem ser reduzidos - a depender de como está essa previsão no contrato. Apesar disso, fatores externos também influenciam nos reajustes, como oferta e demanda, negociação de contratos vencidos e valores praticados no mercado.
Muitos contratos, porém, têm adotado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerado o indicador oficial da inflação no país - como variável para cálculo do reajuste dos aluguéis. Segundo o
Banco Central, a projeção é fechar o ano com 4,32%, dentro da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, com variação de 1,5% para mais (4,5%) ou para menos (1,5%).